Nível de hidratação e reposição hídrica dos atletas da seleção brasileira militar de futebol: comportamento semelhante nas diferentes posições da equipe

TC Santana, DB de Mello, A Alias, JMM Maia-Júnior, MRM Mainenti

Resumo


Introdução: A influência da hidratação sobre nível de desempenho físico e as implicações na saúde dos jogadores vem sendo bastante discutido ultimamente.
Objetivo: Analisaro nível de hidratação e a reposição hídrica, por posição/função no campo de jogo, de atletas da seleção brasileira militar de futebol durante uma sessão de treinamento.
Métodos: Pesquisa descritiva com amostra 27 sujeitos, do sexo masculino, idade média 26,32 ± 5,16 anos, massa corporal total média de 77,52 ± 8,81 kg de e estatura média 1,78 ± 0,06 m, pertencentes da equipe brasileira militar de futebol do Exército Brasileiro. A análise do nível de hidratação através da massa corporal total (MCT), da densidade (refratômetro analógico) e coloraçãoda urina (escala de Armstrong) antes e após o treino. Também foi registrada a reposição hídrica a partir da quantidade de água restante em uma garrafa de 1,5 litros. O treino foi realizado às 15:00 h, com duração de duas horas e meia, durante a Primavera. A temperatura ambiente e a umidade do ar foram mensuradas durante toda a atividade, sendo registrados os valores pré e pós treino: 29,7°C e 25,2°C, respectivamente. A umidade relativa do ar (URA) foi de 41% no início do treino e 27% ao final. Foram verificadas as alterações advindas com o treino na amostra total (teste de Wilcoxon), bem como, comparando as modificações por posição do atleta em campo (Kruskal-Wallis). Adicionalmente, o coeficiente de Spearman foi utilizado para verificação do grau de correlação entre a reposição hídrica e as alterações das três variáveis de hidratação. Nível de significância de p ≤ 0,05.
Resultados: Foi observada uma redução estatisticamente significativa da MCT (%=0,78; p<0,05) e uma tendência de aumento dos escores da escala da coloração da urina, porém não significativo. Não foi observada modificação significativa na densidade da urina. Comparando as posições em campo, não foi observada diferença entre as variações (pós – pré) de MCT (p=0,367), densidade (p=0,588) e coloração da urina (p=0,305). Em relação à reposição hídrica, também não foi observada diferença (p= 0,627). A variável reposição hídrica apresentou correlação regular positiva com MCT e negativa com densidade da urina.
Conclusão: Os dados analisados mostram que não houve relação entre a posição no campo de jogo com o nível de hidratação e reposição hídrica durante um treino físico-técnico na equipe estudada, na fase preparatória de treinamento, quando foram feitas as avaliações.

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  • Auxílio à publicação da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais – FAPEMIG, edital 05/2014.
  • Processo: APL-00063-14