INTERFERÊNCIA DO ‘’CORINGA’’NA FREQUÊNCIA CARDÍACA EM DIFERENTES MINI-JOGOS DE FUTEBOL

MG Campos, JCB Marins

Resumo


Introdução: Os  jogos  com  campo  reduzido (JCR),  tem  sido indicados como forma  de  treinamento  atendendo  o  princípio  da  especificidade  com  intensidade potencial  para  proporcionar  estímulos  suficientes  para  causar  adaptações no sistema cardiorrespiratório. O monitoramento da Frequência Cardíaca (FC) pode fornecer avaliações  mais confiáveis da intensidade do treino que a FC.

Objetivo: Verificar a interferência do ‘’coringa’’ no comportamento da FC em diferentes mini-jogos de futebol 4 x 4.

Metodologia: A amostra deste estudo foi composta por 16 atletas homens (14 ± 0,18 anos; 56,2 ± 9,05 kgs; 1,76 ±  6,7  cm),  da  categoria  Sub-15  de  um  clube  de  formação  de  futebol  de  Minas  Gerais.  Foram  realizados  dois  mini  jogos em 4x4 com goleiros e 4x4 + coringa com goleiros. A FC de todos os jogadores foi monitorada pelo sistema  Polar, continuamente durante cada mini jogo. A FC foi registrada na condição de repouso, ao final de cada estímulo de mini jogo, e ao final da recuperação. Posteriormente os valores em bpm foram transformados em percentual  para caracterização da intensidade, empregando as seguintes fórmulas: FC Obtida = FC Repouso + % (FCMcal – FC  Repouso). A estimar a FCM foi utilizada a fórmula FCMcal = 208 – (0,7 x idade em anos) (TANAKA et al., 2018). Cada  mini jogo teve uma duração de três minutos com três minutos de intervalo, realizado em três séries. A área de mini  jogo foi igual nas duas situações, sendode 42 x 27 m². O número de toques na bola era ilimitado. Cada grupo  e  quatro  jogadores  era  composto  por  atletas  de  diferentes  funções  táticas  (zagueiro,  lateral,  meio  campista,  atacante). O consumo de líquidos foi de forma ad libitum. O tratamento estatístico foi para a comparação da FC  tanto em  bpm  quanto em % entre as séries com e sem coringa, foi utilizado o Teste T não  pareado de Student.  Também  foi  utilizado  o  mesmo  teste  estatístico  para  comparar  a  intensidade  entre  as  séries  de  cada  forma  de  treino de maneira isolada. Em ambos os casos foi considerado o nível de significância de p<0,05

Resultados: Considerando  os  valores  percentuais  ao  final  de  cada  uma  das  séries  dos  mini  jogos,  foram  para  a  situação sem coringa (88,1± 6,59% S1; 88,4± 5,11% S2; 90,5 ± 5,77% S3), enquanto que com a presença de coringa  foi de (87,0 ± 4,44% S1; 89,4 ± 6,51% S2; 88,7 ± 5,60% S3). Não houve diferença significativa entre as duas formas de mini jogo.

Conclusão: A presença do coringa no mini jogo 4 x 4 em jovens da Sub-15, não interfere na resposta da FC ao longo das séries de treino.


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  • Auxílio à publicação da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais – FAPEMIG, edital 05/2014.
  • Processo: APL-00063-14